quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Teatro no Inverno 2011







TEATRO NO INVERNO 2011
de 28 Janeiro a 6 Março
Espaço da Corredoura – Tavira
6ª edição


ESPETÁCULOS / Sex e Sáb / 21h30
28, 29 Jan Simplesmente Complicado, CENDREV
04, 05 Fev Mil Rumis, Leela Teatro
11, 12 Fev Ay Carmela, Teatro das Beiras
18, 19 Fev Invasão, EntreTanto Teatro
25, 26 Fev Europa, Teatro da Academia
04, 05 Mar Brilharetes, 
Co-produção Artistas Unidos / LAMA / Molloy Associação Cultural

ESPETÁCULOS PARA A INFÂNCIA / Dom / 16h e 18h
30 Jan A História do Macaco do Rabo Cortado Marionetas, Actores & Objectos 
06 Fev Há lobos sem ser na serra, BAAL 17
13 Fev A Fábrica de Sons, Encerrado para Obras
20 Fev O Romance da Raposa, Jangada Teatro
27 Fev A Lenda do Menino da Gralha, Teatro do Mar
06 Mar Apresentação da Oficina ”Brincando ao Teatro” (17h)

OFICINAS DE FORMAÇÃO – Sáb e Dom
Clube de Tavira

Corpo e Movimento
29, 30 Jan 5, 6 Fev | das 10h às 13h
*min. 3 participantes / max. 15 participantes

Slapstick e a Comédia Burlesca
29, 30 Jan 5, 6 Fev | das 14h30 às 17h30
*min. 6 participantes / max. 20 participantes

Brincando ao Teatro (para Crianças)
12, 13, 19, 20, 26, 27 Fev 5, 6 Mar | das 14h30 às 17h30
*min. 6 participantes / max. 15 participantes 

CONVERSAS e FILMES / Sáb / 16h30
Biblioteca Álvaro de Campos


28 Jan, As Duas Viagens de Jaques Lecoq (Documentário)
05 Fev, Fumar de Alain Resnais (Ficção)
12 Fev, Teatro e Comunidade conversa com Luís Varela
19 Fev, Não Fumar de Alains Resnais (Ficção)
26 Fev, Crítica e Dramaturgia Portuguesas conversa com 
Jorge Louraço Figueira
05 Mar, Adeus Minha Concubina de Alain Resnais (Ficção)


CONCERTO DE ENCERRAMENTO 
TEATRO NO INVERNO / Sáb / 23h00
Clube de Tavira

05 Mar, MIGNA MALA


PREÇOS

Espetáculos
Normal – 6€
Desconto (estudantes, desempregados, m/65) – 4€

Passes Teatro no Inverno
Todos os espetáculos – 50€ (35€ com desconto)
Espetáculos para adultos – 30€ (20€ com desconto)
Espetáculos para a infância (criança + acompanhante) – 40€ (30€ com desconto)   

Oficinas
20€ (Slapstick e a Comédia Burlesca; Corpo e Movimento)
35€ (Brincando ao Teatro)



Informações, inscrições e reservas: 96 777 91 22 / alteatro.c@gmail.com
*As reservas deverão ser levantadas até às 21h00 do respetivo dia da apresentação do espetáculo



Espetáculos




Simplesmente Complicado





Três cenas, divididas segundo as partes do dia – manhã, meio-dia e fim da tarde: um velho actor está em pé de guerra com o seu passado. Ele sobreviveu a toda a família, mas em conversas solitárias continua as discussões com a esposa, há muito falecida. Até Shakespeare e Schopenhauer se tornaram seus adversários. O seu dia-a-dia decorre agora num quarto degradado, onde recebe a visita de ratos, que vivem por trás de um rodapé. A esses animais atribui nomes como almirante Nelson ou Dönitz até que por fim os quer envenenar.

Ficha Artística


Autoria THOMAS BERNARD

Encenação AMÉRICO RODRIGUES

Cenografia e Figurinos CARLOS FERNANDES

Música CÉSAR PRATA

Interpretação RUI NUNO

Co-produção Cendrev/Teatro Municipal da Guarda


Género Artístico Teatro
Classificação M/12




Mil Rumis – Um Solo de Amor





Mil Rumis - Um solo de amor é um monólogo teatral com textos do poeta persa Jalāl ad-Dīn Muhammad Rūmī, o primeiro dervixe a criar a dança sagrada do giro e o poeta oriental mais lido no ocidente. Mil Rumis - Um solo de amor é o encontro com nossa capacidade de amar e ser amado. Nas palavras do sábio poeta buscamos a plenitude deste sentimento que tanto procuramos em nossos dias, o Amor, e assim descobrir nossos oceanos repletos de vida e esperança. 

Texto Jalāl Ad-Dīn Muhammad Rūmī 
Conceção Artística Cristiane Urbinatti e Munish 
Encenação Cristiane Urbinatti 
Interpretação Munish 
Luz Arnaldo Santini e Cristiane Urbinatti 
Preparação Vocal Mauricio Cavalieri 

M/16 

60 min.




Ay Carmela!



Durante a guerra civil espanhola, perdidos numa noite de nevoeiro e fome, dois anónimos "artistas de variedades", caem em território inimigo. Aí, em troca da liberdade, são obrigados a apresentar o seu espetáculo às tropas vencedoras e aos prisioneiros vencidos. Que fazer à representação para sobreviver em tão díspar plateia? Como resistir ou ceder sem abalar a dignidade? 


Texto José Sanchis Sinisterra 
Tradução e encenação Gil Salgueiro Nave 
Cenografia, figurinos e adereços Luís Mouro 
Interpretação Fernando Landeira e Sónia Botelho 
Sonoplastia Hélder Gonçalves 
Desenho de luz Vasco Mósa 

M/12 

135 min. c/ intervalo de 15 min. 




Invasão



Revolucionários franceses tomam a Bastilha... Napoleão coroa-se a ele próprio Imperador da França... Napoleão invade Portugal... A corte portuguesa “foge” para o Brasil... O Brasil torna-se independente… “Independência ou Morte?”… 

Um professor lunático, faz da sua casa de banho um palco e dos objetos ícones da história mundial. Veste-se de Napoleão, D. João VI, D. Maria I, D. Carlota Joaquina, Índio Come Lambe, Escravo Feijão Escurinho e Piolho Real… 

Uma versão bem-humorada da história já conhecida torna-se uma metáfora para agregar valores do passado ao presente e ao futuro. Guerras territoriais, jogos políticos, lutas de poder... intrigas passadas, vividas no presente, na imaginação de um professor (ou será de um ator?) refletida nos olhos dos alunos (ou será dos espectadores?). 

Criação, Dramaturgia, Encenação, Cenografia e Interpretação Júnior Sampaio 
Adereços e Figurinos Vitor Sotto-Mayor 
Música Carlos Araújo, Monolab e Júnior Sampaio 
Produção Executiva Amélia Carrapito e Sofia Leal 

M/12 

60 min






Europa




Uma jangada à deriva nas correntes do naufrágio EUROPA. Três homens. Talheres, formas de empada, toalhas, copos, passador e sem provisões. Fome e necessidade de comer e comer alguém. Decisão, argumentação e votos já que “votar abre cá o apetite!” 

Discurso sobre a Justiça Histórica, a Democracia, e a Liberdade Individual. Sem insultos aos funcionários do estado no exercício das suas funções, porque como toda a gente sabe, são considerados de utilidade pública. 

“- E se os tubarões fossem homens seriam mais amigos dos peixinhos?” 

E será que o Velho Firmino terá mesmo se afogado? 

E afinal, quem é que montou o pu nei? 

M/12 

60 min




Brilharetes


As personagens são duas, mais uma terceira que não fala, que talvez se veja ou talvez não. Encontramo-las na didascália, há o protagonista epónimo, há o deuteragonista – mas atenção: entre os dois existe um equilíbrio que sucessivamente modifica ou desfaz ou consuma as respetivas funções e há «Uma sombra que passa na rua». Mas não pode faltar, mais uma vez, o Ausente: que, neste Godot dos pobres – dois miseráveis sentados num banco, debaixo da neve, à espera – , é o diretor de serviço do hospital. Em redor, o quotidiano tragicamente cómico de dois miseráveis pícaros. O “inexprimível” a que Tarantino quer dar presença e voz é tudo aquilo que, dentro de nós, se agita na sombra: o universo obscuro e miserável da marginalidade e da doença, que a sociedade oculta nos mais escuros recantos da cidade e da consciência. 


Texto António Tarantino 
Tradução Tereza Bento 
Interpretação João de Brito e Tiago Nogueira 
Cenário e Figurinos Rita Lopes Alves 
Luz Pedro Domingos 
Assistência Joana Barros 
Apoio à produção João Meireles 
Colaboração Jorge Silva Melo 
Coprodução Artistas Unidos/ LAMA/ Molloy



Espectáculos para a Infância


A HISTÓRIA DO MACACO DO RABO CORTADO





Do meu rabo fiz navalha, da navalha fiz farinha, da farinha fiz menina e da menina fiz viola…
Esta lengalenga faz parte do universo de crianças e crescidos, crianças noutros tempos.


Esta é a história de um Macaco que para ser igual a toda a gente, decidiu cortar o seu rabo e envolver-se numa enorme teia de trocas e baldrocas.
Durante o espectáculo existe uma interactividade grande com o público o que fomenta uma grande empatia com as personagens e cria uma participação activa do público na narração..
É um espectáculo que seguendo o exemplo do macaco, salta da escola para escola; de uma sala para outra, contando a história muito apelativa e divertida para os alunos do infantários e do 1º ciclo e também oferece possibilidades de trabalho interessantes para professores e educadores.


Texto e Dramaturgia Alexandre Passos

Encenação Alexandre Passos

Marionetas, Figurinos e Adereços Bernardete

Cenários Alexandre Passos

Interpretação e Manipulação Alexandre Vorontsov
Produção Marionetas, Actores & Objectos 


M/4
30 min



Há lobos sem ser na serra



Quando o que nunca vi passa a ser mais importante que o que vejo todos os dias, a curiosidade ganha força e a aventura é quase inevitável… 

Um avô pode perceber que o neto se farte das proibições, dos dias sempre iguais, de estar sempre sozinho, de só viajar na imaginação e que queira “saltar o muro”. Mas um avô também sabe que “aqui tudo é seguro, tudo é tranquilo” ao passo que, “do outro lado”, nem todos os lobos estão na serra. Até porque desses já há poucos… 

Num ambiente inesperado, três atores dão corpo(s) a estas três realidades: alguém que se aproxima do fim e que quer proteger o que está à sua guarda; alguém que inicia o percurso com uma curiosidade cada vez maior; e as transformações, inevitáveis e irreversíveis, que fazem parte daquilo que somos. 



A partir de “Pedro e o Lobo” de S. Prokofiev e de ateliês com crianças e idosos, “Há lobos sem ser na Serra” brinca com a linguagem e os códigos teatrais. Tudo para contar uma história que, fugindo ao certo e errado, fala de medo, amor, descoberta e transgressão numa relação entre um avô, um neto e uma ameaça que podia muito bem ter a forma de um lobo. 

A partir de “Pedro e o Lobo” de S. Prokofiev 
Ideia e conceção geral Marco Ferreira 
Interpretação Filipe Seixas, Rodrigo Martins e Vânia Silva 
Cenografia e figurinos Bruno Guerra 
Desenho de Luz Paulo Troncão 

M/6 
45 min




A FÁBRICA DE SONS


O espetáculo retrata um dia na vida duma empresa muito caricata, "A Fábrica de Sons". A empresa, de cariz familiar é gerida pelo casal Juleu e Rometa. O eterno desafio destes profissionais do som reside em "inventar novos sons para a humanidade". A empresa é contratada por todo o tipo de pessoas: músicos, luthiers, disc-jokeys e outros agentes da área da música, mas também empresários das mais distintas áreas, interessados em desenvolver novas sonoridades para os produtos que comercializam. Porém, quando um empresário do ramo dos autoclismos, Mr Sanita, contrata a empresa a fim de implementar nos seus produtos um som agradável e original, a situação complica-se... 

Encenação Andreia Barão, David Cruz e Estela Lopes 
Dramaturgia, Interpretação e Canções Andreia Barão e David Cruz 
Cenografia Cerci Penela 
Figurinos Cristina Câmara Pestana 
Desenho de Luz David Cruz 
Operação Técnica Estela Lopes 

M/6 
60 min.




Romance da Raposa





Eis a Salta-Pocinhas, “raposeta pintalegreta, senhora de muita treta”, mestre de ladinas artes. Ao longo da história, vai levando todos na cantiga, só para encher a barriga. Os anos vão passando, e ela, farsante, sempre muito trapaceira, não cessa de enganar fulano, sicrano e beltrano até ao fim dos seus dias… 

Texto Aquilino Ribeiro 
Dramaturgia e Encenação Luiz Oliveira 
Interpretação Faria Martins, Luiz Oliveira, Patrícia Ferreira, Sophia Cunha e Vítor Fernandes 
Desenho de Luz Nuno Tomás 

M/4 
50 min




A Lenda do Menino da Gralha





Um capitão vivia no Forte da Ilha do Pessegueiro com um grupo de soldados. Tinha a seu cargo a defesa da fortaleza e o treino dos militares. Sonhava fazer do seu filho, uma criança de 8 anos, um grande guerreiro, corajoso, forte e destemido. Porém o menino detestava as armas e fugia aos treinos a que o pai o submetia. Gostava muito de brincar e tinha um coração bondoso. Afeiçoou-se de tal maneira a uma gralha, que esta se tornou o seu passatempo favorito. O pai, enfurecido por causa do seu desinteresse pelas artes da guerra, ameaçou-o de matar a gralha se ele não deixasse de brincar com ela. Então uma noite, quando todos dormiam, o menino e a sua amiga gralha resolveram fugir da ilha… 

A narrativa, auxiliada na sua interpretação por marionetas de varas, define-se através de uma linguagem de grande visualidade, ambiente onírico e poesia, passível de ser compreendida por todos os públicos. 


Texto e Encenação Julieta Aurora Santos 
Interpretação, Manipulação e Bonecos Sandra Santos, Carlos Campos, Luís João Mosteias e Sérgio Vieira 
Cenografia e Adereços João Calvário 
Figurinos Sandra Santos 
Música Zé Dado 
Iluminação Hugo Custódio 
Operação de Som Artur Chainho 

Todas as Idades 
35 min.





Concerto de Encerramento Teatro no Inverno



Migna Mala



Migna Mala é um coletivo composto por indivíduos provenientes de diferentes áreas profissionais, nomeadamente a multimédia, as artes plásticas, o teatro, a naturopatia e a música. Fizeram a sua primeira apresentação em fevereiro de 2009 no âmbito do 5.55”, evento que lhes deu a oportunidade de realizar em dezembro desse mesmo ano um espetáculo produzido pelo CAPa - Centro de Artes Performativas do Algarve, fruto de uma residência artística que aí decorreu. Uma das suas principais características é a ausência de sentido literal nas letras, sendo estas marcadas por uma conjugação de fonemas cantados, numa espécie de arqueologia linguística onde impera uma amálgama referencial de espaços e lugares reais ou imaginários em busca de novos sentidos. Os limites da linguagem e a música como um instrumento quase terapêutico recriam uma ligação primordial ao rito, remetendo o espectador para um qualquer sistema de crenças, que definem um outro modo de percecionar o mundo.


Migna Mala é a palavra á procura de sentido sobre o manto da significação musical.

Os Migna Mala são Daniel, João Beles, José Mendonça, Nuno Murta e Paulo Machado



Conversas




Conversa com Luís Varela 
TEATRO E SOCIEDADE 


Existem sociedades sem teatro e não é certo que sejam menos felizes que a “nossa”. 

Mas na “nossa” sociedade a falta de teatro seria sempre um sinal alarmante de degenerescência, de miséria cívica e moral. 

As pergunta que devem ser formuladas em permanência são «Para que querem as cidades um teatro? Para que querem os homens o teatro?». Só formulá-las já é um passo de gigante para a regeneração. Dar-lhe uma resposta útil é quase assegurar que não destruiremos o frágil mundo em que vivemos. 


Luís Varela, e
ncenador. Nasce em Lisboa em 1950. Estudos de Teatro (Régie – Mise en scène) na École Supérieure d’Art Dramatique du Théâtre National de Strasbourg entre 1970 e 1974 – bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Maîtrise d’Études Théâtrales na Université de la Sorbonne Nouvelle – Paris III concluída em 1995. Membro da equipa fundadora do Centro Cultural de Évora, posterior Centro Dramático de Évora, CENDREV: encenador e diretor da Escola de Formação Teatral, de 1975 a 97. Professor do Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora. Monta peças de autores clássicos e contemporâneos: Gil Vicente, Garrett, Molière, Marivaux, Kleist, Turrini, Bond, Vinaver…


Conversa com Jorge Louraço Figueira
      
Crítica e Dramaturgia Portuguesas 


Em Portugal, a crítica teatral na imprensa não tem muitos praticantes e a dramaturgia original pouco mais. Nesta conversa tentarei traçar um panorama desses dois campos de atuação, assinalando linhas de força e especulando sobre o futuro, a partir da minha experiência como crítico (desde 2006) e autor (desde 2001), e da observação dos meios teatrais de Lisboa e Porto. 

Jorge Louraço Figueira, crítico e dramaturgo. Escreveu “O Espantalho Teso” e “Xmas qd Kiseres”, entre outras peças e guiões de teatro. Formado em relações internacionais e em antropologia social, fez a Oficina de Escrita Teatral de António Mercado no Dramat (Teatro Nacional de São João, Porto); o Seminário Traverse Theatre nos Artistas Unidos, em Lisboa; a Residência Internacional do Royal Court Theatre, em Londres; e o Seminário de Escrita Teatral de J. S. Sinisterra no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa. É docente da ESAP, da ESMAE e do Balleteatro, no Porto, e crítico de teatro do jornal Público. Escreveu também “Verás que tudo é verdade”, sobre o grupo de teatro Folias, de São Paulo, Brasil. Foi nomeado para o prémio de melhor dramaturgia da Associação Paulista de Críticos de Arte pelo trabalho realizado em «Êxodos» (produção Folias, 2010).





 Filmes



As Duas Viagens de Jaques Lecoq (Documentário)


Jacques Lecoq nasceu em 1921 em Paris, França. Em 1937 inicia os estudos em Educação Física, disciplina que chegou a lecionar e a qual lhe permitiu, um dia mais tarde, o contacto com Jean-Marie Conty, amigo de Artaud e Jean-Louis Barrault. O contacto com o teatro estava feito! Em 1945 começa a representar e funda, com Gabriel Cougin, um grupo dramático, sendo depois contratado por Jean Dasté para a Companhia Comédiens de Grenoble. O facto de ter estado oito anos em Itália permitiu-lhe o contacto direto com as técnicas da commedia dell’arte e uma viagem profunda das máscaras, na procura da mais neutra de todas. Junta-se a Strehler e a Grassi para a inauguração da escola do Teatro Piccolo de Milão. Torna-se encenador e coreógrafo e explora meticulosamente novas formas de expressão corporal para música contemporânea, ópera, ou mesmo para os coros da tragédia grega. Funda em 1956 a École Internationale de Théâtre. Corre o mundo como professor, orador e conferencista para espalhar e explicar a paixão com que viveu sempre o teatro e o corpo no teatro. Morreu em 1999, deixando marcas profundas na História do Teatro e uma herança abraçada por muitos. Lecoq ficou associado ao teatro físico, o seu método tocava em áreas como a mímica, a dança contemporânea, a acrobacia, a técnica de clown, o movimento em geral. O corpo é o ponto de partida, a matriz principal do conhecimento.


Realização Jean-Noël Roy e Jean-Gabriel Carasso 
Documentário 
França, 2006 

175 min. 
(legendado em português)






FUMAR 

Estamos em Inglaterra, no coração do Condado de Yorkshire, na cidade de Hutton Buscel. Como em todas as cidades há uma igreja, um cemitério, um restaurante Indiano e uma escola. O diretor da escola chama-se Toby Teasdale e a sua assistente Irene Pridworthy. Toby é casado com Célia, a filha de Josephine Hamilton, conhecida pela sua discrição. O melhor amigo de Toby é Miles Coombes, um influente membro do Conselho de Diretores. A sua mulher, Rowena Coombes é uma apaixonada por squash e é dela que toda a cidade fala. Lionel Heppiewick cuida da escola, é filho de Joe Heppiewick, o poeta oficial da cidade. Finalmente, Sylvie Bell trabalha para os Teasdale. Estamos no início do verão. Célia Teasdale encontra-se a meio de uma grande limpeza. Entra no jardim, encosta-se e os olhos fixam um maço de cigarros. Hesita. Cede à tentação ou não? 

Realização Alain Resnais 
Nos papéis de Celia Teasdale, Sylvie Bell, Irene Pridworthy: SABINE AZÉMA 
Nos papéis de Toby Teasdele, Miles Coombes, Joe Hepplewick e Lionel Happlewick: PIERRE ARDITI 
Ficção, Comédia 
França, 1993 

M/12 
140 min 
(legendado em português)






NÃO FUMAR 


“Uma obra-prima absoluta” 
R. S., Jornal de Letras 

“Um filme prodigioso” 
J.L.R., Expresso 

“Verdadeiro paraíso para o espectador” 
J.A., Diário de Notícias 

“Um das mais extraordinárias obras do cinema contemporâneo” 
A.M.S., Público 

Realização Alain Resnais 
Adaptação e Diálogos Jean- Pierre Cacri e Agnès Jaoui 
Nos papéis de Celia Teasdale, Rowena Coombes, Sylvie Bell, Irene Pridworthy e Josephine Hamilton: SABINE AZÉMA 
Nos papéis de Toby Teasdele, Miles Coombes, e Lionel Happlewick: PIERRE ARDITI 
Narrador Peter Hudson 
Décors Jacques Saulnier 
Música John Pattison 
Ficção, Comédia 
França, 1993 

M/12 
145 min (legendado em português) 




Adeus Minha Concubina de Kaige Chen



Aclamado pela crítica internacional como um dos melhores filmes de 1993, esta sedutora e triunfante obra, vencedora de diversos prémios, cativou os cinéfilos de todo o mundo. É a inesquecível história de dois amigos envolvidos inesperadamente num apaixonante triângulo amoroso, com uma mulher que se interpôs entre ambos. Nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1993, "Adeus, Minha Concubina" foi vencedor do Globo de Ouro para o melhor filme em Língua Estrangeira, assim como teve a honra de ser considerado o Melhor Filme do prestigiado Festival de Cinema de Cannes. Repleto de intensas e provocativas imagens do princípio ao fim, esta sensual e exótica história de amor e traição é um filme que não se deve deixar de ver ou rever. 


Realizador Kaige Chen 
Argumento Pik Wah Li 
Interpretação Leslie Cheung, Fengyi Zhang, Li Gong, Qi Lü, Da Ying… 
Ficção, Drama 
China | Hong Kong, 1993 

M/12 
171 min 
(legendado em português)




Oficinas de Formação 



CORPO E MOVIMENTO 

Vamos trabalhar a expressão e a consciência corporal de modo a mexer o corpo para descobrir os movimentos e gestos naturais e expressivos de cada participante, tudo elaborado através de jogos, técnicas de dança e de teatro. Vamos descobrir as emoções no movimento e no trabalho corporal, através de jogos lúdicos, e fazer com que as emoções escondidas nas articulações e nos músculos se soltem e se ampliem, de maneira a mostrar a sua expressão no espaço. Trabalharemos também a dinâmica e as qualidades contidas nos nossos movimentos. 
Rita Alves formou-se em dança e teatro na Universidade de São Paulo, Brasil. Trabalhou com coreógrafos e encenadores de renome no mundo todo. Fez especializações em dança contemporânea na França e no Japão. 




SLAPSTICK E A COMÉDIA BURLESCA 

Esta oficina destina-se ao estudo de regras e conceitos da comédia burlesca e está dividida em três partes fundamentais: 

- Padrões de queda: Análise e exploração de diferentes sequências padrão de quedas e saudável relacionamento entre corpo e solo. 

- Manipulação e jogo com adereços: Jogo e pesquisa de possibilidades cómicas entre ator e adereço e da forma como este último ganha vida própria. 

- Equilíbrio e desequilíbrio de situações: Improvisação com base em situações de grande formalidade e comportamentos padrão “automáticos” com consequente desequilíbrio provocado por um elemento exterior em contratempo. 

Bruno Martins. Ator e Encenador. Formado na Academia Contemporânea do Espetáculo, Porto. Diplomado pela Ecole International de Théâtre Jacques Lecoq, Paris. Frequentou várias oficinas de Palhaço e de Máscara. Como ator participou em diversas produções teatrais em Portugal, França e Bulgária.





BRINCANDO AO TEATRO 

(para crianças) 


Proponho mais um desafio: vamo-nos conhecer, brincar, trabalhar, ter ideias, experimentá-las, e montar um espetáculo à nossa maneira! Vamos arregaçar as mangas e brincar ao teatro! ‘Bora? 

Patrícia Amaral. Fez o curso de Formação de Atores, Técnicos e Animadores Teatrais (ACTA, 2004). Licenciada em Estudos Portugueses (Universidade do Algarve, 1999). Atriz e Contadora de Histórias. Encenou “O Livro em Branco” no VATe e “Eu hei de crescer e depois tu vais ver” no AL-MaSRAH, ambos espetáculos para a infância. Monitora de oficinas de expressão teatral para crianças, adolescentes e adultos desde 2003.